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domingo, 10 de setembro de 2017

     Depois de passar a noite rasgando tudo aquilo que me cobria, quero tecer a teia da minha vida novamente, porém, desta vez, irei tecê-la usando mais leveza, mas suavidade, não quero um manto que me proteja da vida, ao contrario, quero um manto que me permita ver e sentir a vida! 

     Descobri que não é me protegendo da vida que me protegerei do sofrimento, ao contrario quem se esconde sofre muito mais! Então opto pelo vento no rosto, pelo cheiro de terra molhada, pelo joelho ralado dos tombos, pelas lagrimas das tentativas infrutíferas, mas também pelo brilho no olho da esperança de dar certo, pelo coração aquecido por um desejo a ser buscado ...

Talvez não seja o caminho mais fácil, mas creio que é o caminho mais seguro, porque não importa o atalho que eu escolha sempre voltarei para estrada principal que me leva para mim mesma, então de que me adiantará fugir? Melhor aceitar e enfrentar a estrada, sem perder a leveza, sem deixar de ver a beleza ... afinal são sempre os espinhos que protegem a rosa.

     Não quero estar certa, quero estar em paz, decidi que levarei comigo apenas o que sinto, o que desejo, a minha essência, a opinião, os anseios, os medos, os rótulos das outras pessoas são demasiados pesados e desnecessários, logo não quero e nem irei carregar, se eu errar que seja por mim mesma e se houverem consequências, que certamente terão que sejam minhas!

 Não tenho medo de julgamentos, de ser incompreendida e, no fundo, nem da solidão tenho mesmo é medo de mim mesma, de me olhar nos olhos e não me ver ... descobri que os meus julgamentos são muito mais cruéis do que os das outras pessoas, descobri que meus medos e minhas culpas pesam muito mais do que o que possam me dizer ou me rotular ... esses sim tocam fundo minha alma e a dilaceram ... por isso, a partir de hoje, vou fazer o caminho de volta para casa, de volta para mim mesma e me reconciliar com todos os meus aspectos ... com os meus desejos, com meus sonhos !

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