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sexta-feira, 26 de abril de 2019



Todas as sextas-feiras, Blog da Literatura e eu estaremos publicando sobre a vida de MULHERES ADMIRÁVEIS.

Aproveitem para conhecê-las! 

Tem alguma mulher que você gostaria de ver aqui? Manda para a gente!

Nossa MULHER ADMIRÁVEL desta sexta é a MICHELLE OBAMA.

Michelle LaVaughn Robinson Obama é uma das mulheres mais icônicas de nosso tempo. Advogada e escritora norte-americana, ela também se tornou uma referência de moda e modelo para mulheres.

Nasceu e cresceu em Chicago. Graduou-se pela Universidade Princeton onde cursou Sociologia e Estudos Afro-americanos entre os anos de 1981 e 1985 e, em 1988, graduou-se em Direito pela universidade de Harvard, em Cambridge.

Após completar seus estudos, retornou a Chicago e trabalhou como na firma de advocacia da Sidley & Austin, local em que se especializou em direito de propriedade intelectual. No ano seguinte, conheceu a Barack Obama, que estagiava no mesmo escritório e se tornaria seu marido 3 anos depois.

Em 1991, buscando uma carreira mais orientada para os serviços públicos, Michelle se tornou assistente do prefeito de Chicago e nos anos seguintes, esteve em uma série de outras posições no setor, incluindo a função de diretora executiva da Aliados Públicos de Chicago, um programa de treinamento de liderança para jovens. Mais recentemente, atuou como vice-presidente de assuntos comunitários e externos do Centro Médico da Universidade de Chicago.

Além de sua notável carreira, Michelle Obama também é conhecida por ser a 44ª primeira-dama dos EUA, sendo a primeira afrodescendente a ocupar tal posição.

Como primeira-dama, esteve envolvida em várias causas e ajudou a criar a mais acolhedora e inclusiva Casa Branca da história. Sua presença constante e destaque na campanha para a reeleição de Barack Obama reservou-lhe o título de uma das mulheres mais carismáticas que a América conheceu.

Essa trajetória repleta de contribuições importantes fez de Michelle Obama uma poderosa porta-voz das mulheres e meninas ao redor do mundo.





segunda-feira, 15 de abril de 2019

“Os cavalos brancos de Napoleão” é narrado em terceira pessoa e trata da história de vida do protagonista Napoleão, um advogado de meia idade que sentia-se sempre julgado em sua casa, vendo sua esposa como promotora, os filhos como jurados, tal sua pressão à custa de uma rotina estressante de trabalho, de manter os luxos de sua família, ostentando, com isso, uma posição social de classe média-alta em uma grande cidade.
Sufocado pelo conflito entre o seu desejo íntimo de liberdade e a sua condição de “chefe de família”, em uma viagem ele começa a ver cavalos brancos nas nuvens, que em pouco tempo, passam a aparecer por toda parte. Com isto, ele se fecha em um mundo particular a ponto de viver em função das visões que tem. 
Napoleão é internado em um sanatório, onde sua loucura segue até que...
O texto conversa diretamente com o "mito" do general Napoleão, sua loucura, sua ganância, seu cavalo branco...
O conto nos faz refletir sobre nossas rotinas estressantes, sobre a necessidade de ter e ter... e, claro, a loucura, que é um tema bastante recorrente na obra do Caio Fernando Abreu.
É o primeiro conto do livro O inventário do [ir]remediável.
Imagem: internet

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Todas as sextas-feiras, Ana Karina Silva, do Da Literatura, e eu estaremos publicando sobre a vida de MULHERES ADMIRÁVEIS.

Aproveitem para conhecê-las! 😍

Nossa MULHER ADMIRÁVEL desta sexta é WINNIE MANDELA...

Winnie Madikizela-Mandela, nasceu em 26 de setembro 1936 no Vilarejo de Bizana, na África do Sul e faleceu no dia 02 de abril de 2018.

Formou-se como assistente social e enfermeira em Johannesburgo, sendo a PRIMEIRA MULHER NEGRA ASSISTENTE SOCIAL com diploma da África do Sul.

Indomável e carismática, Winnie tornou-se um importante rosto da luta anti-Apartheid ao assumir a bandeira de seu marido Nelson Mandela na prisão.

Contra todas as probabilidades, tornou-se uma das principais figuras do Congresso Nacional Africano (CNA), a ponta de lança da luta contra o apartheid. Em 1976, convocou os estudantes de Soweto revoltados a "lutar até o fim".

Nomeada vice-ministra da Cultura após as primeiras eleições multirraciais de 1994, Winnie foi demitida por insubordinação pelo governo de seu marido um ano depois.

Winnie foi uma figura polêmica, seu nome esteve envolvido em sequestros, assassinatos e fraudes, chegando a ser condenada a seis anos de prisão.

A ativista é lembrada por sua força e sua luta contra o apartheid e, também, pela libertação de Mandela. Winnie é sem dúvida uma das mulheres mais controversas do seu tempo.

Tem alguma mulher que você gostaria de ver aqui? Manda para gente!





segunda-feira, 8 de abril de 2019



Menino de engenho é uma autobiografia das cenas da infância de José Lins do Rego. Segundo depoimento do próprio autor, a sua intenção, ao elaborar a obra, era escrever a biografia do avô, o coronel José Paulino, a quem considerava uma figura representativa da realidade patriarcal nordestina.O romance foi publicado em 1932 e financiado pelo próprio escritor.

Narrado em primeira pessoa, conta a história de Carlinhos que, após o pai ter assassinado a mãe, vai morar no engenho de seu avô materno.

Pelos olhos saudosistas do personagem vamos conhecendo um pouco sobre a vida no engenho, as tensões sociais envolvidas em um ambiente de tristeza e decadência do ciclo da cana-de-açúcar. 

A obra também traz um tema recorrente no Nordeste, a seca do sertão, onde transparece as dificuldades enfrentadas pelas secas e chuvas em excesso, a perda dos alimentos e de grande parte dos bens materiais do povo.

Percebemos que engenho acaba sendo um personagem no romance, tal sua importância afetiva.

O autor utiliza uma linguagem simples e direta, própria de um menino; caracterizada por ser extremamente espontânea, passando pelos sonhos, medos, curiosidades e amores, a solidão do menino é bastante evidente.

Pela ausência de orientação, aos 12 anos de idade, tem sua iniciação sexual e acaba por contrair doenças sexualmente transmissíveis, que eram comuns e até vistas como uma forma de “troféu”.
Outros pontos que chamam a atenção e podem incomodar, é a fala machista do personagem, assim como a forma romântica que é descrita a situação dos escravos. Em vários momentos somos obrigados a acompanhar um pensamento machista, infelizmente, característico da época e do meio em que ele vive - é muito importante ler com essa consciência do pensamento do período.

Gostei de ver as superstições e crendices comuns que povoavam o imaginário da população, como a crença em lobisomem.

A loucura do pai acompanha o narrador, que tenta interpretar os “maus presságios” que o angustiam. 

Percebemos, também, que os cuidados excessivos da tia o aprisionam: “a minha vida ia ficando como a dos meus canários prisioneiros”, embora sua profunda e verdadeira afeição por ela. 

Como caminho para o menino tornar-se homem, seu avô resolve mandá-lo para o internato, finalizando essa primeira fase do ciclo da cana retratado pelo autor neste romance e nos subseqüentes.

Menino de engenho é uma leitura fluída e gostosa, que vai nos contextualizar com um período de nossa história e levantar questionamentos importantes sobre vários assuntos abordados na obra. 

O romance foi adaptado para o cinema em 1965 por Walter Lima Júnior.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Todas as sextas-feiras, @daliteratura e eu publicaremos uma mulher admirável para você conhecer! Tem alguma mulher que você gostaria de ver aqui? Manda para gente!
Agnès Varda é um nome fundamental da nouvelle vague, cineasta influente na ficção e no documentário, única mulher a ganhar a Palma de Ouro honorária, primeira diretora a ganhar o Oscar pelo conjunto da obra. 
Nasceu em Bruxelas, em 1928, mas foi na França que consolidou seu trabalho como cineasta, deixou este mundo no dia 29 de março deste ano.
É o maior expoente feminino do cinema francês. Sua formação inicial foi em Belas Artes, tendo estudado pintura na escola do Louvre. Seu primeiro trabalho foi como fotógrafa. Gostava de fotografia, mas queria passar a fazer filmes. 
Após alguns dias filmando a pequena cidade pesqueira de La Pointe Courte, na França, para um amigo, Varda decidiu fazer um filme próprio. La Pointe Courte, sobre um casal infeliz que tentava lidar com seu relacionamento em uma pequena cidade pesqueira, foi lançado em 1954 e foi considerado o precursor da Nouvelle Vague francesa.
“É esse o meu projeto: filmar minha mão, com minha outra mão. Entrar no horror. Acho isso extraordinário. Tenho a impressão que sou um animal. Pior: sou um animal que eu não conheço!”
Alguns de seus filmes:
• La Pointe Courte, 1954
• Cléo de 5 à 7, 1962
• As Duas Faces da Felicidade, 1965
• Os Renegados, 1985
• Os Catadores e Eu, 2000
• As Praias de Agnès, 2008
• Visages, Villages, 2017