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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Resenha: Úrsula



Úrsula é considerada a obra inaugural da literatura afro-brasileira e um dos primeiros romances de autoria nacional feminina, que ficou esquecido por muito tempo, mas, felizmente, tem sido reeditado e recebido mais atenção.
Preciso começar dizendo que foi uma leitura deliciosa, bastante fluida (apesar de algumas pausas para consultar o dicionário, hehe), que gostei demais da leitura!
Admito que a narrativa ultrarromântica me cansa um pouco - eu li em grupo e até brincamos que alguns trechos pareciam novela mexicana, rsrs...
Mas o livro está muito além do romance da Úrsula e do Tancredo, para mim, é na forma e no discurso que ele ganha toda sua grandiosidade!
A autora dá voz aos escravos para falarem da escravidão, isso em 1859, sinceramente, não recordo de ter lido outra obra que apresentasse esse ponto de vista.
Achei um livro muito revolucionário para época, pois além de ser uma literatura abolicionista, apresenta mulheres fortes, capazes de escolher seus caminhos e pagar um alto preço por se fazerem senhoras de suas escolhas , isso sem entrar no mérito de ser escrito por uma mulher e negra.
Maria Firmina não poupou sua pena para descrever a hipocrisia da nobreza, os jogos de poder, a vaidade e a crueldade de alguns ‘seres humanos’.
Fico pensando em como ela conseguiu temperar tão bem uma linguagem mais erudita com uma narrativa que chega a soar com aquelas histórias contadas ao pé do fogão de lenha... não sei... só sei que achei magistral sua forma de escrever!
É um livro que precisa ser lido com mais atenção porque é cheio de camadas, com um discurso muito ousado, mas muito consciente.
Achei que os acontecimentos dentro da narrativa eram um tanto óbvios, mas, em contrapartida, a autora me surpreendeu no final – que num primeiro momento eu não gostei – mas, que como o resto da leitura, precisei olhar a camada de baixo para ter uma melhor percepção e me fazer mudar de ideia...
Melhor eu parar por aqui, sou um perigo falando de livros, vai que me empolgo e solto spoiler...
Aproveito para recomendar essa edição da @editorataverna que tem uns textos de apoio excelentes!

quinta-feira, 6 de junho de 2019

LISTA DE FILMES EM CARTAZ DE 06 - 12 DE JUNHO DE 2019



Também é apaixonad@ pela Sétima Arte?


Então confere aí lista do que está rolando, esta semana (06-12/06/19), nas salas de cinema de Porto Alegre:


=> Arcoplex
- Aladin, de Guy Ritchie

- Godzilla II: Rei dos Monstros, de Michael Dougherty

- X Men: Fênix Negra, de Simon Kinberg

=> Capitólio

- A Parte do Mundo que me Pertence, de Marcos Pimentel

- Filmes de Moutapha Alassane [O Anel do Rei Koda; Aouré; O Retorno do Aventureiro; Boa Viagem Sim] 


- O Gato no Saco, de Gilles Groulx

- Suspiria – A Dança do Medo, de Luca Guadagnino


=> Casa de Cultura Mario Quintana

- O Caravaggio Roubado, de Roberto Andò

- O Tradutor, de Rodrigo Barriuso, Sebastián Barriuso

- Um Amor Inesperado, de Juan Vera


=> Cinebancários

- Compra-me um revólver, de Julio Hernandez Cordón

- Inferninho, de Guto Parente, Pedro Diógenes

- Rindo à Toa – Humor sem Limites, de Cláudio Manoel, Álvaro Campos

=> Cinemark

- A História de um Sonho, de Marcela Coelho

- Aladin, de Guy Ritchie

- Finalmente Livres, de Pierre Salvadori (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Godzilla II: Rei dos Monstros, de Michael Dougherty

- O Professor Substituto, de Sébastien Marnier (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Os Dois Filhos de Joseph, de Félix Moati (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Quem Você Pensa que Sou, de Saffy Nebbou (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- John Wick 3 – Parabellum, de Chad Stahelski

- Juntos para Sempre, de Gail Mancuso

- Kardec, de Wagner de Assis

- Patrulha Canina: Super Filhotes, de Keith Chapman

- Rocketman, de Dexter Fletcher

- Vingadores: Ultimato, de Anthony Russo, Joe Russo

- X Men: Fênix Negra, de Simon Kinberg


=> Cinépolis João Pessoa


- Aladin, de Guy Ritchie

- Godzilla II: Rei dos Monstros, de Michael Dougherty

- Juntos para Sempre, de Gail Mancuso

- Patrulha Canina: Super Filhotes, de Keith Chapman

- Vingadores: Ultimato, de Anthony Russo, Joe Russo

- X Men: Fênix Negra, de Simon Kinberg

=> Espaço Itaú de Cinema

- A Revolução em Paris, de Pierre Schoeller (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Aladin, de Guy Ritchie

- Amozônia Groove, de Bruno Murtinho

- Amor à Segunda Vista, de Hugo Gélin (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Asterix e o Segredo da Poção Mágica, de Louis Clichy (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Através do Fogo, de Frédéric Tellier (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Beatriz, de Alberto Graça

- Boas Intenções, de Gilles Legrand (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Cyrano de Bergerac, de Jean-Paul Rappeneau (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Cyrano Mon Amour, de Alexis Michalik (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Deslembro, de Flavia Castro (após sessão haverá debate)

- Dias Vazios, de Robney Bruno Almeida

- Filhas do Sol, Eva Husson (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Finalmente Livres, de Pierre Salvadori (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Graças a Deus, de François Ozon (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Inocência Roubada, de Andrea Bescondi (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Juntos para Sempre, de Gail Mancuso

- Meu bebê, de Lisa Azuelos (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- O Mistério de Henry Pick, de Rémi Bezançon (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- O Professor Substituto, de Sébastien Marnier (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Os Dois Filhos de Joseph, de Félix Moati (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Patrulha Canina: Super Filhotes, de Keith Chapman

- Pokémon: Detetive Pikachu, de Rob Letterman

- Quem Você Pensa que Sou, de Saffy Nebbou (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Rindo à Toa – Humor sem Limites, de Cláudio Manoel, Álvaro Campos

- Rocketman, de Dexter Fletcher

- Um Homem Fiel, de Louis Garrel (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- X Men: Fênix Negra, de Simon Kinberg

=>GNC

- A Espiã Vermelha, de Trevor Nunn

- Aladin, de Guy Ritchie

- Godzilla II: Rei dos Monstros, de Michael Dougherty

- Juntos para Sempre, de Gail Mancuso

- Kardec, de Wagner de Assis

- Ma, de Tate Taylor

- Patrulha Canina: Super Filhotes, de Keith Chapman

- Rocketman, de Dexter Fletcher

- Vingadores: Ultimato, de Anthony Russo, Joe Russo

- X Men: Fênix Negra, de Simon Kinberg

=> Guion Center

- A Revolução em Paris, de Pierre Schoeller (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Boas Intenções, de Gilles Legrand (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Inocência Roubada, de Andrea Bescondi (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Cyrano de Bergerac, de Jean-Paul Rappeneau (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Meu bebê, de Lisa Azuelos (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Filhas do Sol, Eva Husson (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- O Professor Substituto, de Sébastien Marnier (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Finalmente Livres, de Pierre Salvadori (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Cyrano Mon Amour, de Alexis Michalik (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Amor à Segunda Vista, de Hugo Gélin (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Graças a Deus, de François Ozon (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Um Homem Fiel, de Louis Garrel (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Quem Você Pensa que Sou, de Saffy Nebbou (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Os Dois Filhos de Joseph, de Félix Moati (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- O Mistério de Henry Pick, de Rémi Bezançon (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- Através do Fogo, de Frédéric Tellier (FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2019)

- O Homem que Matou Dom Quixote, de Terry Gilliam

- Dor e Glória, de Pedro Almodóvar (Pré-Estréia Nacional, em 12/06)

- A Grande Dama do Cinema, de Juan José Campanella

- Rocketman, de Dexter Fletcher





*O horário das sessões estão disponíveis nas páginas das salas de cinema

sexta-feira, 26 de abril de 2019



Todas as sextas-feiras, Blog da Literatura e eu estaremos publicando sobre a vida de MULHERES ADMIRÁVEIS.

Aproveitem para conhecê-las! 

Tem alguma mulher que você gostaria de ver aqui? Manda para a gente!

Nossa MULHER ADMIRÁVEL desta sexta é a MICHELLE OBAMA.

Michelle LaVaughn Robinson Obama é uma das mulheres mais icônicas de nosso tempo. Advogada e escritora norte-americana, ela também se tornou uma referência de moda e modelo para mulheres.

Nasceu e cresceu em Chicago. Graduou-se pela Universidade Princeton onde cursou Sociologia e Estudos Afro-americanos entre os anos de 1981 e 1985 e, em 1988, graduou-se em Direito pela universidade de Harvard, em Cambridge.

Após completar seus estudos, retornou a Chicago e trabalhou como na firma de advocacia da Sidley & Austin, local em que se especializou em direito de propriedade intelectual. No ano seguinte, conheceu a Barack Obama, que estagiava no mesmo escritório e se tornaria seu marido 3 anos depois.

Em 1991, buscando uma carreira mais orientada para os serviços públicos, Michelle se tornou assistente do prefeito de Chicago e nos anos seguintes, esteve em uma série de outras posições no setor, incluindo a função de diretora executiva da Aliados Públicos de Chicago, um programa de treinamento de liderança para jovens. Mais recentemente, atuou como vice-presidente de assuntos comunitários e externos do Centro Médico da Universidade de Chicago.

Além de sua notável carreira, Michelle Obama também é conhecida por ser a 44ª primeira-dama dos EUA, sendo a primeira afrodescendente a ocupar tal posição.

Como primeira-dama, esteve envolvida em várias causas e ajudou a criar a mais acolhedora e inclusiva Casa Branca da história. Sua presença constante e destaque na campanha para a reeleição de Barack Obama reservou-lhe o título de uma das mulheres mais carismáticas que a América conheceu.

Essa trajetória repleta de contribuições importantes fez de Michelle Obama uma poderosa porta-voz das mulheres e meninas ao redor do mundo.





segunda-feira, 15 de abril de 2019

“Os cavalos brancos de Napoleão” é narrado em terceira pessoa e trata da história de vida do protagonista Napoleão, um advogado de meia idade que sentia-se sempre julgado em sua casa, vendo sua esposa como promotora, os filhos como jurados, tal sua pressão à custa de uma rotina estressante de trabalho, de manter os luxos de sua família, ostentando, com isso, uma posição social de classe média-alta em uma grande cidade.
Sufocado pelo conflito entre o seu desejo íntimo de liberdade e a sua condição de “chefe de família”, em uma viagem ele começa a ver cavalos brancos nas nuvens, que em pouco tempo, passam a aparecer por toda parte. Com isto, ele se fecha em um mundo particular a ponto de viver em função das visões que tem. 
Napoleão é internado em um sanatório, onde sua loucura segue até que...
O texto conversa diretamente com o "mito" do general Napoleão, sua loucura, sua ganância, seu cavalo branco...
O conto nos faz refletir sobre nossas rotinas estressantes, sobre a necessidade de ter e ter... e, claro, a loucura, que é um tema bastante recorrente na obra do Caio Fernando Abreu.
É o primeiro conto do livro O inventário do [ir]remediável.
Imagem: internet

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Todas as sextas-feiras, Ana Karina Silva, do Da Literatura, e eu estaremos publicando sobre a vida de MULHERES ADMIRÁVEIS.

Aproveitem para conhecê-las! 😍

Nossa MULHER ADMIRÁVEL desta sexta é WINNIE MANDELA...

Winnie Madikizela-Mandela, nasceu em 26 de setembro 1936 no Vilarejo de Bizana, na África do Sul e faleceu no dia 02 de abril de 2018.

Formou-se como assistente social e enfermeira em Johannesburgo, sendo a PRIMEIRA MULHER NEGRA ASSISTENTE SOCIAL com diploma da África do Sul.

Indomável e carismática, Winnie tornou-se um importante rosto da luta anti-Apartheid ao assumir a bandeira de seu marido Nelson Mandela na prisão.

Contra todas as probabilidades, tornou-se uma das principais figuras do Congresso Nacional Africano (CNA), a ponta de lança da luta contra o apartheid. Em 1976, convocou os estudantes de Soweto revoltados a "lutar até o fim".

Nomeada vice-ministra da Cultura após as primeiras eleições multirraciais de 1994, Winnie foi demitida por insubordinação pelo governo de seu marido um ano depois.

Winnie foi uma figura polêmica, seu nome esteve envolvido em sequestros, assassinatos e fraudes, chegando a ser condenada a seis anos de prisão.

A ativista é lembrada por sua força e sua luta contra o apartheid e, também, pela libertação de Mandela. Winnie é sem dúvida uma das mulheres mais controversas do seu tempo.

Tem alguma mulher que você gostaria de ver aqui? Manda para gente!





segunda-feira, 8 de abril de 2019



Menino de engenho é uma autobiografia das cenas da infância de José Lins do Rego. Segundo depoimento do próprio autor, a sua intenção, ao elaborar a obra, era escrever a biografia do avô, o coronel José Paulino, a quem considerava uma figura representativa da realidade patriarcal nordestina.O romance foi publicado em 1932 e financiado pelo próprio escritor.

Narrado em primeira pessoa, conta a história de Carlinhos que, após o pai ter assassinado a mãe, vai morar no engenho de seu avô materno.

Pelos olhos saudosistas do personagem vamos conhecendo um pouco sobre a vida no engenho, as tensões sociais envolvidas em um ambiente de tristeza e decadência do ciclo da cana-de-açúcar. 

A obra também traz um tema recorrente no Nordeste, a seca do sertão, onde transparece as dificuldades enfrentadas pelas secas e chuvas em excesso, a perda dos alimentos e de grande parte dos bens materiais do povo.

Percebemos que engenho acaba sendo um personagem no romance, tal sua importância afetiva.

O autor utiliza uma linguagem simples e direta, própria de um menino; caracterizada por ser extremamente espontânea, passando pelos sonhos, medos, curiosidades e amores, a solidão do menino é bastante evidente.

Pela ausência de orientação, aos 12 anos de idade, tem sua iniciação sexual e acaba por contrair doenças sexualmente transmissíveis, que eram comuns e até vistas como uma forma de “troféu”.
Outros pontos que chamam a atenção e podem incomodar, é a fala machista do personagem, assim como a forma romântica que é descrita a situação dos escravos. Em vários momentos somos obrigados a acompanhar um pensamento machista, infelizmente, característico da época e do meio em que ele vive - é muito importante ler com essa consciência do pensamento do período.

Gostei de ver as superstições e crendices comuns que povoavam o imaginário da população, como a crença em lobisomem.

A loucura do pai acompanha o narrador, que tenta interpretar os “maus presságios” que o angustiam. 

Percebemos, também, que os cuidados excessivos da tia o aprisionam: “a minha vida ia ficando como a dos meus canários prisioneiros”, embora sua profunda e verdadeira afeição por ela. 

Como caminho para o menino tornar-se homem, seu avô resolve mandá-lo para o internato, finalizando essa primeira fase do ciclo da cana retratado pelo autor neste romance e nos subseqüentes.

Menino de engenho é uma leitura fluída e gostosa, que vai nos contextualizar com um período de nossa história e levantar questionamentos importantes sobre vários assuntos abordados na obra. 

O romance foi adaptado para o cinema em 1965 por Walter Lima Júnior.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Todas as sextas-feiras, @daliteratura e eu publicaremos uma mulher admirável para você conhecer! Tem alguma mulher que você gostaria de ver aqui? Manda para gente!
Agnès Varda é um nome fundamental da nouvelle vague, cineasta influente na ficção e no documentário, única mulher a ganhar a Palma de Ouro honorária, primeira diretora a ganhar o Oscar pelo conjunto da obra. 
Nasceu em Bruxelas, em 1928, mas foi na França que consolidou seu trabalho como cineasta, deixou este mundo no dia 29 de março deste ano.
É o maior expoente feminino do cinema francês. Sua formação inicial foi em Belas Artes, tendo estudado pintura na escola do Louvre. Seu primeiro trabalho foi como fotógrafa. Gostava de fotografia, mas queria passar a fazer filmes. 
Após alguns dias filmando a pequena cidade pesqueira de La Pointe Courte, na França, para um amigo, Varda decidiu fazer um filme próprio. La Pointe Courte, sobre um casal infeliz que tentava lidar com seu relacionamento em uma pequena cidade pesqueira, foi lançado em 1954 e foi considerado o precursor da Nouvelle Vague francesa.
“É esse o meu projeto: filmar minha mão, com minha outra mão. Entrar no horror. Acho isso extraordinário. Tenho a impressão que sou um animal. Pior: sou um animal que eu não conheço!”
Alguns de seus filmes:
• La Pointe Courte, 1954
• Cléo de 5 à 7, 1962
• As Duas Faces da Felicidade, 1965
• Os Renegados, 1985
• Os Catadores e Eu, 2000
• As Praias de Agnès, 2008
• Visages, Villages, 2017