De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
— Meu tempo é quando.
(Vinícius de Moraes)
Há quem diga que Arte são "vozes do silêncio", sendo assim, busco aqui rascunhar os silêncios que encontro e me tocam. Afinal, como já disse Ferreira Gullar: a arte existe porque a vida não basta.