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domingo, 16 de fevereiro de 2025

    Meu caminho é meio perdido. E tudo bem. Já me acostumei com a ideia de que a linha reta nunca foi a minha direção favorita. Gosto das curvas inesperadas, das ruas que não estavam no mapa, das paradas não planejadas que acabam virando lar por algumas horas.

    Houve um tempo em que isso me assustava. Sentia que eu precisava saber exatamente para onde eu estava, como se a vida fosse uma estrada com destino fixo. Mas quanto mais tentava seguir um roteiro, mais percebia que o encanto estava justamente no improviso.

    Então, deixei de me preocupar com voltar. Porque voltar para onde, afinal? Para a versão de mim que já não existe? Para um lugar que só vive na memória? Descobri que o verdadeiro encontro não está na chegada, mas é próprio do ato de procurar.

    O mundo nos ensina a temer o que não tem forma definida. Queremos encaixes exatos, respostas prontas, garantias. Mas e se o melhor destino for justamente perder-se? E se, na ausência de certezas, encontrarmos liberdade?

    Agora caminho sem a pressa de quem busca um fim. Ajustei o ritmo dos meus passos, sem olhar para trás com nostalgia ou para frente com ansiedade. E percebi que, no fundo, minha busca sempre foi essa: não um ponto de chegada, mas a alegria de seguir em frente, sem medo do que ainda não sei...



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