Garantias
não temos de nada e podemos apostar em tudo, afinal, vivemos em um mundo
repleto de oportunidade, mas quem disse que elas não nos atormentariam dia e
noite?
Em meio a
um redemoinho de questionamentos que permeiam a minha alma (tão humana) eu
estava em um ambiente muito simbólico para mim, na beira do rio, em uma conexão
com o mundo, com a Deusa, comigo... a questão é que, na verdade, não havia nada
para eu me conectar, exceto aqueles motivos tradicionais, pois minhas sensações
e sentimentos ainda não possuíam destinatário. Algo me dizia fortemente que o
meu prazo de validade expiraria em pouco tempo naquele lugar que eu aprendi a
chamar de casa, não conseguia mais brincar de silenciar os sonhos e caçar
borboletas imaginárias. Às vezes a insegurança de mudar aperta, mas para os que
apostam na intuição, o coração sempre fala mais alto do que o cérebro, e o meu
estava gritando.
Haviam
muitas perguntas, mas nenhuma resposta, nada que adiantasse, até porque, creio,
que no fim das contas eu iria fingir que tudo aquilo foi um desconforto
momentâneo. Imersa nessa pós-pós-pós modernidade de questionamentos, meu
coração era meu guia mais certeiro, mas encontrar a coragem para segui-lo é
onde se encontra o verdadeiro desafio... Coincidências estão nos olhos de quem
vê, colocar a culpa nos astros, nos chakras, no carma, não vai me livrar dessa
condição socrática ...
Caracas!
Mesmo eu não sabendo de nada, meu coração talvez saiba de tudo, só falta assumir
algumas incertezas do meu ego...
Uma
borboleta se aproxima de mim, e, observando o seu balé aéreo lembrei que talvez
estivesse desperdiçando minha liberdade... aquele encanto que eu senti me
lembrou subjetivamente de que eu precisava desapegar da minha zona de conforto,
viajando nas ideias e nas palavras para voltar e me sentir em casa novamente, quem
sabe assim meu recomeço não precise de uma outra morada, apenas de uma nova
fachada ... Às vezes a liberdade é como uma borboleta que pousa em nosso braço
e, que com o passar do tempo, vai nos trazendo nossa essência de volta, é pra
lá que eu vou...
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