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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

La La Land nos fala, a cada cena, que cabe a nós escolher nosso destino. Sua narrativa, admito, até um pouco clichê, fala em nosso comprometimento com o que acreditamos, com o que faz nosso coração vibrar.


O filme já começa nos tirando o fôlego com uma belíssima e bem construída sequência em uma rodovia, já nos deixando claro que o filme vai nos trazer um diálogo, entre a realidade e o sonho, temperado com muita arte, com muita poesia.


Através da história de Mia e Sebastian - ela uma mulher que sonha em ser atriz e ele, um músico apaixonado por jazz - podemos refletir não só sobre o amor romântico, mas, também, sobre a confiança no outro, sobre mãos estendidas.


Nossos “heróis” colecionam fracassos e decepções, que bem sabemos, machuca, desanima, faz pensar em desistir... mas também são tocados pelo toque suave da fé nos seus ideais. Afinal como já disse a canção: “quando tudo está perdido sempre existe uma luz” e eles, através da luz do amor, seguem. La La Land mostra a vida como ela é, com alto e baixos, lembra daquela canção do Titãs que diz que “A cada um cabe alegrias e as tristezas que vier”?


O filme nos ensina que amor é a liberdade de morar no outro, sem deixar de respeitar a individualidade, a história do outro; que amar é mais que estar perto, mais que posse, é torcer, vibrar com a felicidade do ser amado.


Damien Chazelle, o diretor – que também escreveu La La Land, acertou muito em nos trazer cenas coloridas e ensolaradas, mesclando melancolia e alegria, referenciando grandes clássicos do cinema e usando um pouco daquela ideia de contos de fadas com o com pessoas apaixonadas flutuando no ar, cantando o amor ou sapateando em coreografias cronometradas, recebendo o contraste da realidade nua e crua, equilibrando a doçura com doses iguais de amargor.


O filme está todo alinhado desde a montagem dinâmica, a fotografia colorida, a dosagem certa de música, os quadros de Hopper espalhados pelas cenas, os figurinos sempre apresentando contrastes, tal como a história.


Definitivamente, o filme é um deleite visual e auditivo, que deixa o coração mais alegre com um desejo intenso de cantar e dançar, de celebrar as estações da vida!

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