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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tange e range, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia.

Todo o esforço é um crime porque todo o gesto é um sonho inerte.

As tuas mãos são rolas presas.
Os teus lábios são rolas mudas.
(que aos meus olhos vêm arrulhar)

Todos os teus gestos são aves. És andorinha no abaixares-te, condor no olhares-me, águia nos teus êxtases de orgulhosa indiferente.
E toda ranger de asas, como dos (…), a lagoa de eu te ver. Tu és toda alada, toda (…)

Chove, chove, chove…
Chove constantemente, gemedoramente (…)
Meu corpo treme-me a alma de frio… Não um frio que há no espaço, mas um frio que há em vir a chuva…

Todo o prazer é um vício, porque buscar o prazer é o que todos fazem na vida, e o único vício negro é fazer o que toda a gente faz.


(Fernando Pessoa)

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