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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Poeira, cinzas
Ainda assim
Amorosa de ti
Hei de ser eu inteira.


Vazio o espaço
Que me contornava
Hei de estar ali.
Como se um rio corresse
Seu corpo de corredor
E só tu o visses.
Corpo do rio? Sou esse.


Fiandeira de versos
Te legarei um tecido
De poemas, um rútilo amarelo
Te aquecendo.


Amorosa de ti
VIDA é o meu nome. E poeta.
Sem morte no sobrenome.


(Hilda Hilst)

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